fevereiro 26, 2008

Sabado de manhã pelo Tamisa

No último sabado fui visitar o London Rowing Club e aquela parte do rio. Está situado em Putney e ao que parece o rio é bastante mais calmo do que no centro de Londres onde passam barcos, principalmente de turismo, com bastante frequencia.


O London é o primeiro de uns 7/8 clubes todos seguidos. Que me recorde está também o Thames Rowing Club e o Vesta, este último principalmente de mulheres. O London também é principalmente de homens seniores e penso que só tem 4 mulheres.

Fiquei um bocado à beira rio, a ver o movimento (muito) por ali, a tirar umas fotos (que não ficaram grande coisa) e a espera dos compatriotas que estavam na àgua. Os remadores do London foram chegando passado talvez uns 30min, em 4- e 8+. Lá apareceram os conhecidos, um num 4-, outro num 8+ e o último na sua lancha de treinador, o Pedro Figueira.


Todas as tripulações sairam da água, arrumaram o barco e conversaram sobre o treino, o que acharam e o que poderia ser melhorado. Algo que acho muito importante. Treinar, dar ao pau, fazer força e depois ir para casa não é o mais produtivo. Falar sobre o treino, o que cada um achou, além de ser uma forma de entre-ajuda, une a equipa e cria espirito de equipa. Quantas vezes o treino corre mal e na nossa cabeça a culpa é deste ou daquele? E depois fica a equipa toda chateada e vai cada um para seu sitio? E no treino seguinte já vamos para o barco sem vontade e achar que irá correr mal. E só esta pensamento já é meio caminho andado para correr mal o treino.

Se pelo contrário falarmos sobre o treino, sobre a equipa, etc além de se esclarecer alguns mal entendidos que possam haver, ajuda-se o companheiro que achamos que está a cometer um erro ou ouvimos um colega ajudar-nos num detalhe que reparou. No final, depois de uma rápida conversa todos saem satisfeitos e esclarecidos.
É óbvio que se a conversa incluir o treinador e timoneiro, é perfeito.
E isto deveria também funcionar para as provas.


Depois de conversarem lá tive oportunidade de falar um pouco com eles, saber e contar as novidades. Fiquei a saber que no próximo sabado haverá uma prova com umas centenas de 8+ femininos. Também fiquei a saber que o London já não aceita mais remadores esta época! E no dia 15 Março (se não me engano) vai ser a Eights Head que contará com mais de 400 M8+ e só o London vai participar com 10!!!

2 comentários:

Unknown disse...

Ora aí está, mais do que a conversa sobre o treino que terminou onde se fala sobre defeitos, pormenores, etc, cria-se um espírito de equipa maior, de entre ajuda entre todos os elementos e perspectiva-se o treino seguinte.
Eu acho que um treino não se resume ao tempo em que se está na água, o treino para mim também inclui o balneário e todas as conversas em que se discute o treino, o que foi bom e o que foi menos bom e necessita correcção.
É esta forma de estar que tento incutir na minha equipa de juniores e apesar de saber que não podemos ser todos campeões do mundo podemos e devemos ter as mesma forma de estar e de pensar o treino, a mesma disciplina e espírito de grupo.
Fantástico post!
Abraço
Ricardo

Heráclito Guimarães disse...

O que é bom deve ser apláudido.

Essa situação já se passa em alguns clubes, algumas tripulações e com alguns treinadores.
Certo é que não está generalizado, agora resta saber porque não o está!

Na minha humilde opinião o que faz uma estrutura são as bases e se as bases não forem bem construídas, essa estrutura não vai ter a solidez que se pretende.
Assim, acho que para se conseguir generalizar a situação referida e que é -com todos sabem, ou deviam saber,- parte do treino, devem-se convidar pessoas que realmente percebem de Coaching, de Relacionamento Humano a dar formação àqueles que têm de ter noções sobre como fazer atletas.
Um atleta, não é uma máquina simples, é a conjugação de muitas coisas diferentes que se não estiverem todas em sintonia , nenhuma funcionará na sua plenitude.
O Remo em Portugal agora já pensa na psicologia direccionada para o atleta, mas será que bem?!De que forma, quem o faz?!Como o faz?!Não sou psicólogo, mas conheço o lado do atleta, o lado do treinador e o lado do dirigente e sei que todos os intervenientes de cada uma das partes não têm noção do que realmente sente e pensa a outra parte, quando não por ela passou.

É importante que se comece a pensar em formação asério no remo português, mas formação dada por pessoas de fora do Remo, pessoas que não as mesmas que vêm buscar mais um "dinheirito".

Há que aprender com quem sabe e abrir os olhos. Não há nada para se inventar...as coisas estão ai à nossa frente...

Parabéns pelo teu Blog é disto que o REMO precisa e como já dizía um senhor há uns anos- e que todos gostavam de ouvir.."é disto que o povo gosta"

Continua assim...

"Panta Rhei", porque também o nosso Remo tem de mudar.

Heráclito Guimarães